Só queria dizer que apesar, apesar de tudo, a vida pode ser bonita. Ser bonita não é sinônimo de ser alegre, há uma certa melancolia na beleza que eu vejo. Não existe mais urgências no feliz para sempre. Na verdade, o feliz para sempre se tornou um feliz em alguns momentos, um feliz por segundo, um feliz por olhar, um feliz por abraço e todas essas pequenas felicidades que não são eternas, mas podem ser rotineiras.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Me impressiona o tanto de dor que um coração pode suportar e ainda assim continuar a bater. Me impressiona a batalha diária que um corpo, uma pessoa, um ser humano totalmente machucado, consegue ganhar ao tentar não chorar. E conseguir. Rir até. É fácil enganar o mundo, as pessoas que realmente não querem saber. Mas tem aquelas, pouquíssimas, que sentem a sombra em cada sorriso, em cada olhar, em cada gesto. Não posso condenar o resto do mundo por não me entender, já que por muito tempo essa foi a tarefa mais árdua que tive. Mas posso exaltar aqueles que, ao menos, se esforçam. O pior, o que dói mesmo, o que me faz faltar o ar, é que tudo isso que sinto e me destrói não tem solução. É como se fosse uma montanha-russa de sentimentos, estou subindo, vou conseguir seguir, está tudo bem e quando menos espero, começo a cair de um abismo que não me deixa ver o fim. Acho que minha vida sempre foi assim, altos e baixos muito distintos. Só que cansa apanhar tanto. Um dia desses percebi que só andava curvada, olhando pro chão, rápido. Percebi na minha postura, o peso que carregava dentro de mim. Me vi não conseguindo olhar nos olhos de ninguém. Me vi tão necessitada de abraços, de um colo, de um lugar confortável para estar. É difícil assumir tal posição, de necessitada. Logo eu, que nunca quis precisar de ninguém e sempre quis que precisassem de mim, aqui, no chão, implorando pra alguém me tirar desse poço que a cada dia afunda mais.
p.s. Tudo passa. Nada é eterno. Aceitemos.
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Não vou dizer que é fácil olhar pra trás e ver tudo que já tive. É só que não sofro mais. Já posso olhar sem dor. Já posso falar sobre sem as lágrimas insistirem em descer. Porque no final de tudo, o que sobra são só as nossas lágrimas escondidas. É fácil enganar as pessoas dizendo que está tudo bem, que foi superado. O difícil mesmo é mentir pro seu travesseiro, que aguenta suas piores crises e onde o dia sempre termina. Pega, vê se está úmido. Já não choro mais, desculpa, mas minhas dores sempre vão embora.
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Depois de um tempo vamos descartando essas coisas assim miúdas. Às vezes nos apegamos a elas, e como tudo que se gosta a vemos assim, grandiosa. Ah, não nos apeguemos! Vamos abrir os olhos e enxergar tudo a sua maneira. Corra atrás do que irá te fazer bem, não desista por dificuldades que certamente irão aparecer. Ultrapasse-as. Coisas miúdas só podem nos dar sentimentos miúdos, e para quê se contentar com o pouco?
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cartas eletrônicas I
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
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quinta-feira, 21 de junho de 2012
É assim, a gente sempre acha que o passado foi melhor. Não foi, gente. Não foi. O melhor vai ser agora, mas que preguicinha de começar. Que preguicinha de sair da minha zona de conforto que é dormir e dormir. Quem dorme demais quer fugir da realidade. Sim, eu fujo da realidade. A realidade me assusta e eu ainda sou criança e quero me esconder debaixo da cama, só que durmo. Tenho que parar de achar que não vou ser feliz como antes, porque vou. Até mais. Só porque eu quero. Só basta eu querer.
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Assisti o filme. Impactante. Logo depois quis ler o livro. Mas não consegui. É assim, acredito que cada livro tem o seu momento certo de ser lido. Já li livros maravilhosos que se hoje fosse lê-los novamente, não os acharia assim. Depende do momento. Parece até que é o livro que me escolhe e não o contrário. Parece que ele espera tal momento da minha vida chegar para poder ser lido e me ensinar algo. Está sendo assim com o livro do Saramago, Ensaio Sobre a Cegueira. Ando meio vazia e queria me encher de algo desesperadamente e acabei pegando um livro desconhecido pra ler, O Filho do Sol, que me segurou por muitas e muitas páginas. Voltei a ler agora a pouco, li um pouco, fui fazer um chá e lá estava o tio Saramago quase gritando para ser lido. É claro que vou terminar minha primeira leitura, que é ótima, só não é o momento dela ainda. Vou ler O Ensaio Sobre a Cegueira. Quero saber qual mensagem o Saramago quer me passar. E se for boa, ensino pra vocês.
Hoje fui escolhida. E não tem sensação melhor. :)
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