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( o problema é quesou romântica demais para admitir que não penso em mais ninguém ao deitar a cabeça no travesseiro antes de dormir. esse não-pensar também dói.)
parênteses
sábado, 30 de outubro de 2010
Postado por Valéria A. às 08:15 1 comentários
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pensamentos soltos.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Porque amar modifica uma vida. Deveria, como diz Caio. Eu amo e modificio uma vida, para melhor. Amar não significa sofrer e hoje isso virou sinônino. Amor, calma, desespero, saudade. Esses, de alguma forma, viraram sinônimos pra mim. Amor que acalma, amor que desespera por causa da saudade. Saudade do que ainda virá, da felicidade que ainda vou ter. E, talvez, seja essa saudade que me deixa de pé e que me faz amar mais ainda.
Postado por Valéria A. às 16:55 0 comentários
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cartas eletrônicas
segunda-feira, 24 de maio de 2010
From: | ... |
Sent: | Friday, February 26, 2010 9:14:57 PM |
To: | Vaal
|
(L)
From: Vaal
To: ...
Subject:
Date: Wed, 24 Feb 2010 23:25:29
Já percebeu que sempre que a gente passa tempos sem se falar eu te mando um email desses?! Ia escrever uma carta, mas o que tenho pra dizer é meio desesperado que não daria pra esperar a boa vontade do correios. Na verdade, eu nem sei direito o que deveria dizer, só sei que tinha que te mandar isso, porque sinto sua falta, não sei se das conversas, das brigas, dos sorrisos na cam, não sei. acho que a falta é de você, de tudo que você representa, do que vem junto, do ruim e do bom, do que me faz gostar e desgostar logo em seguida. Sempre foi uma relação bipolar, acho que sempre será. É ruim? depende. depende de mim e de você. e foi só por isso que nunca deu certo. ou eu encrecava com isso ou você, na maioria das vezes. então, eu gosto muito de você e como já falei trocentas vezes, sempre vou gostar. sempre. nem importa se você nunca mais for falar comigo, ou se quando for falar, brigarmos mais uma vez. a gente não precisa parar de falar totalmente, as vezes dá vontade de dar um oi e eu nem sei cadê você. isso é o ruim de verdade. o total isolamento, o cair no esquecimento. então é isso, espero que esteja bem, que fique bem e que goste do meu sinal de vida. porque querendo ou não, sou sua amiga e você nem pode mudar isso.
beeeijos.
Postado por Valéria A. às 18:06 4 comentários
Muito.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
O que ela quer é falar de amor. Fazer cafuné, comprar presente, reservar hotel pra viagem, olhar estrela sem ter o que dizer. Quer tomar vinho e olhar nos olhos. Ela quer poder soprar o que mora dentro, o que não cabe, que voa inocente e suicida. Ela quer o que não tem nome. Quer rir sem saber de quê, passar horas sem notar, quer o silêncio e a falação. Ela quer bobagem. Quer o que não serve pra nada. Quer o desejo, que é menos comportado que a vontade. Ela quer o imprevisto, a surpresa, o coração disparado, o medo de ser bom. Quer música, barulho de e-mail na caixa, telefone tocando. Ela tem muito e quer mais. Quer sempre. Quer se cobrir de eternidade, quer o oxigênio do risco pra ficar sempre menina. Ela quer tremer as pernas, beijo no ponto de ônibus e a milésima primeira vez. Quer cor e som, lembrança de ontem, sorriso no canto da boca. Ela quer dar bandeira. Quer a alegria besta de quem não tem juízo. O que ela quer é tão simples. Só que ela não é desse mundo.
Cristiana Guerra
Postado por Valéria A. às 12:05 5 comentários
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Não é que meu amor por você tenha diminuído, é só que meu amor-próprio aumentou. E eu tive que escolher entre o seu amor e o meu. E eu vou estar comigo para sempre, não importa o que aconteça. Já com você, existe alguns se's que só de pensar a respeito o amor diminuiria ou, ao menos, perderia a importância. Então, pela primeira vez, escolho me amar.
Quando eu queria te amar, só tinha olhos pra você, fazia de tudo pra te ver feliz, com aquela sensação de que se você estivesse feliz, eu também estaria. Mas não, fui esperando e esperando e essa sua felicidade só me trazia um sorriso no rosto que é até bom, mas não o bastante. Queria tanto te fazer bem, que confundia as coisas que você gostava com as minhas, já não sabia qual parte de mim era a que você queria que eu fosse e qual era eu de verdade. Eu era até feliz com você porque, cara, eu te amo mesmo. Mas era uma felicidade tão batalhada, tão sofrida que ficava cansada. Fiquei até por uns tempos achando que amar era assim mesmo, que amar era sofrido, que cansava. Pode até que que seja, o que não acredito muito, mas não quero mais me cansar assim, quero depender só de mim pra ser feliz, sem cansar ninguém.
Postado por Valéria A. às 18:04 3 comentários
Cartas que eu não mando (II)
quarta-feira, 24 de março de 2010
Não sei o que aconteceu com a gente, o nosso desprezo sempre foi substituído por uma amizade excêntrica. E, hoje, nosso desprezo não é mais engraçado, é, no mínimo, formal. E formalidade nunca teve a nossa cara. Não sei se sinto falta. Aliás, uma pessoa importante faz falta sim, é só que estou acostumada com esse entra e sai de pessoas importantes, que o sentir falta parou de ser algo extraordinário e virou uma coisa natural na minha vida. Eu queria ter sido melhor, mas sei que não seria, porque como você diz, eu prefiro contar o que estou sentindo pra um desconhecido do que pra um amigo que está do meu lado. E você tem razão. Não conseguiria viver com alguém que me conhecesse tão bem, por medo talvez, não sei. Acho que vou mudar isso, mas você não me pegou nessa transição e nem te dei essa chance. O que me deixa aborrecida foi o modo como isso terminou, um modo bobo. "Parem de bobagem", diziam os outros. E eu realmente queria parar, mas algo me impedia. Orgulho, talvez. Nunca achei que seria uma pessoa orgulhosa, mas minhas atitudes me mostram o contrário. É até engraçado como que para alguns eu sou o oposto do que você acha de mim, e o mais engraçado ainda é saber que todos têm razão, eu sou isso tudo mesmo, essa mistura de atitudes e sentimentos que me definem. Você ficou com a pior parte, aliás, viu, porquê ninguém é feito de partes. Muitas vezes confundiu minha educação com falsidade, mas é que até hoje não aprendi a virar o rosto pra ninguém, e nem quero isso. Não gostar de alguém nunca significou destratação pra mim. Isso não está em mim. E nem nego quando você diz que confiar, confiar mesmo, só confio em pouquíssimas pessoas, e que elas talvez nem desconfiem disso. E das que acham que eu confio, só dou uma casquinha do que realmente sou. Aliás, não é questão de ser e sim de sentir. Eu sou assim. E se meu jeito não foi o que você esperava ou queria, eu sinto muito. Mas eu estou melhorando, ou piorando pra alguns, é que querer melhorar a cada dia também faz parte de mim, e talvez a minha definição de melhorar não seja a mesma que a sua, mas a vida anda me dando meios para que isso aconteça e eu estou tentando não desperdiçá-los, apesar de desperdiçar. Eu espero que você não os desperdice, que seja até melhor do que eu. Te desejo uma fé enorme, principalmente em você, porque eu tenho. Nem precisa gostar de mim, só precisa saber que teve um dia que alguém te quis muito bem, mas não soube demonstrar isso.
Fique bem,
Valéria.
Postado por Valéria A. às 18:15 4 comentários
Marcadores: cartas que eu não mando
terça-feira, 9 de março de 2010
Caio Fernando Abreu
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saudade.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
a saudade não se mede pelo tempo da ausência, mas pela intensidade da presença.
no discurso amoroso, ela se esconde em letras e canções de uma determinada época. aparece quando cruzo com alguém que usa o mesmo perfume. habita pequenos fatos cotidianos, que geralmente passariam despercebidos, mas com você faria todo sentido.
quando acomete, tem urgência. é o coração querendo retornar. para lugares que talvez nem existam mais. para planos que desistimos. ou que desistiram da gente.
mas continuo elaborando novos planos e crio mundos com minhas expectativas. a saudade é a distância entre eu e como eu gostaria de estar.
ilustração: marina faria
texto: tiago yonamine
Postado por Valéria A. às 10:20 4 comentários