Eu poderia te amar. Podíamos até sermos felizes para sempre. Nossa história poderia até virar um romance meloso de banca de jornal. Podíamos ficar horas no telefone só esperando o outro desligar. Andar de mãos dadas pelas ruas e ter a sensação que o mundo está sorrindo para um amor tão bonito. Acordar de manhã e ficar admirando a cara amassada do outro,e achar lindo, e achar que a melhor pessoa do mundo está do meu lado. Podíamos sentir um frio na barriga toda vez que olhássemos dentro dos olhos do outro, e vermos o infinito. Podíamos deixar a tristeza de lado, só com um sorriso. E querer que cada segundo vire horas, a cada abraço que receber, "o melhor lugar do mundo é dentro do seu abraço".
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Postado por Valéria A. às 14:41 12 comentários
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Euclides da Cunha (1866-1909)
Se acaso uma alma se fotografasse
de sorte que, nos mesmos negativos,
A mesma luz pusesse em traços vivos
O nosso coração e a nossa face;
E os nossos ideais, e os mais cativos
De nossos sonhos... Se a emoção que nasce
Em nós, também nas chapas se gravasse
Mesmo em ligeiros traços fugitivos;
Amigo! tu terias com certeza
A mais completa e insólita surpresa
Notando - deste grupo bem no meio -
Que o mais belo, o mais forte, o mais ardente
Destes sujeitos é precisamente
O mais triste, o mais pálido, o mais feio.
Postado por Valéria A. às 16:01 2 comentários
terça-feira, 13 de outubro de 2009
"Mas vem o dia em que a mulher desperta dentro da mocinha. Ela sonha com um visitante que mereça a nota 19. Um 19 pesa no fundo de seu coração. Então um imbecil se apresenta. Pela primeira vez aqueles olhos tão agudos se enganam - e vêem o imbecil pintado em cores lindas. Se o imbecil diz versos, ela o julga poeta. Pensa que ele compreende o assoalho esburacado, que ele adora os mangustos. Pensa que ele se alegra com a confiança das víboras brincando em seus pés, debaixo da mesa. Dá-lhe o coração que é um jardim selvagem - a ele, que só ama os parques bem tratados. E o imbecil leva a princesa como sua escrava."
Terra dos Homens - Saint-Exupery
Postado por Valéria A. às 16:13 3 comentários
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Ele apareceu assim, como tantos outros, que nem eu nem ele sabíamos que era um anjo. Acredito até que não era, se tornou. O meu anjo, ilumina minha vida mesmo olhando de longe, sem o corpo presente. Anjos costumam nos pregar essa peça, estar perto só com o coração, a alma. Eles também nos fazem sonhar mais, sonhar junto. Esse meu anjo, vive entrando nos meus sonhos assim, de fininho, só pra eu acordar de manhã com mais vontade de viver, com um sorriso no rosto, com ele no coração.
Anjos se assustam quando lhe contamos que o são. Não se assuste, meu anjo, eu preciso tanto da sua paz. Porque anjo, não é anjo para todo mundo, o coração dele tem que sorrir pro de alguém e este lhe retribuir. O meu deu gargalhadas como há tempos não dava. E rir com ele é tão bom. Ter um anjo na vida nos torna um tanto quanto egoístas, porque anjos vivem sem a gente, mas nós, que o que mais queremos é rir pra sempre no coração deles, achamos que a vida perdeu a cor que tanto nos alegrava. Por isso o medo do anjo voar sem a gente. Eles podem até achar o mundo feio e cheio de mentirinhas, mas nos mostram a parte mais bonita e nos fazem acreditar. Ele acredita em mim. Eu acredito nele. Apesar. Não existe apesar. Nós apenas nos acreditamos e isso basta. É bom ter um anjo, dá vontade de ser uma pessoa melhor pra retribuir tanta paz, dá vontade de ser anjo pro meu anjo.
Postado por Valéria A. às 20:23 6 comentários
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
De novo, entre tantos desencontros, um dia ela encontrou. E ficou... não ficou. E encontrou? Encontrou. Quando?Quandodesistiu. E assim a encontraram. E ficou tudo. E sentiu tudo. Pra sempre.
Entre tantos desencontros, um dia ela encontrou...
Postado por Valéria A. às 07:54 6 comentários
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Não sabia por quê, nem como e nem o quê a mantinha ali. Só sabia que precisava continuar, como se uma coisa muito feia pudesse acontecer caso saísse, o que era uma coisa inventada de sua própria cabeça, pois nada nem ninguém a obrigava a ficar. Alguns até a aconselharam a sair e tentar a sorte, mas quem disse que ela ouvia? Só ouvia sua imaginação e essa gritava tanto que ouvia distorcidamente o que os outros diziam. Então ela ficava ali, imaginando como seria sair e viver, mas com medo desse tal viver ser a coisa muito feia.
Postado por Valéria A. às 15:44 4 comentários
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Ela sonhava muito. Talvez esse era seu maior defeito. Ela conhecia alguém e no instante seguinte já imaginava uma vida com ela. Criava até possíveis diálogos imaginando quais assuntos iriam agradar. Imaginava todos os encontros e desencontros que pra ela, a vida iria reservar. Via filmes e percebia nos personagens características tão parecidas que até ria, de tão boba que era. Presenciava situações legais e já pensava em como seria se a pessoa estivesse ali também. Ouvia música e cantava e dançava, como se a estivesse olhando ou se passaria a olhar. Ela era uma boba sim. Ela acreditava no futuro que teria com as pessoas sim, apesar de quase sempre estar errada, mas era tão reconfortante imaginar, que continuava imaginando e sonhando e amando as pessoas às escondidas. Um dia iria encontrar alguém que imaginava como ela, e todos os sonhos e imaginações iriam sair de dentro dela e existiriam para ela. Por isso também era uma boba, acreditava tanto no que imaginava, que às vezes se perdia e não sabia se tinha vivido ou imaginado. Era cansativo demais tentar separar. Então ela ria e voltava a imaginar, viver. Era uma boba, essa menina!
Postado por Valéria A. às 10:33 7 comentários
Quem o Marcelo Camelo pensa que é?
terça-feira, 9 de junho de 2009
Pra pegar meus sentimentos e trancrevê-los em forma de música?E o Rodrigo Amarante?Com aquela constante cara de ressaca mas que escreve letras tão mágicas que as vezes me recuso a acreditar que ele é como nós, meros mortais.
É impressionante como a cada dia eu descubro uma música deles que irá me fazer ver as coisas de outro modo. Aliás, não é nem uma descoberta, é mais uma reinterpretação. Como diz o Anitelli, ouvir com outros olhos. E é mais impressionante ainda como algumas pessoas não conseguem sentir. Mas sentir o quê? É o que a maioria pergunta. Bom, é inexplicável, só quem sente, sabe. É que não consigo explicar o porquê do meu arrepio, da minha emoção, das lágrimas toda vez que escuto aquela música em especial ou quando assisto a um show, ou até mesmo pelo youtube, santa internet, toda vez que escuto uma música que se encaixa perfeitamente com o que estou sentindo no momento...pode parecer exagero, mas quando falo que Los Hermanos é a banda da minha vida, só estou tentando demonstrar um pouco da gratidão que tenho por eles terem "musicado" meus sentimentos, meus momentos. E eu odeio sim quando falam mal deles, já discuti muito por isso, mas hoje deixo passar. Quem tá perdendo é quem não consegue sentir. Eu consigo!
Postado por Valéria A. às 16:18 4 comentários
sexta-feira, 29 de maio de 2009
"Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo."
(Caio Fernando Abreu)
Postado por Valéria A. às 16:06 1 comentários
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Cansei. Estou cansada de tudo. Cansada de mim, da minha burrice, da minha rotina. Cansada dos meus atos, de ser quem sou, de não tentar mudar. Muito cansada! Cansada de não ter alguém me segurando, de ter que parecer ser tão forte. Logo eu, de uma fragildade imensa. Cansada de estar longe, de não estar. Da saudade, dói tanto. Cansada de dormir e dormir e não conseguir descansar. Cansada das expectativas, é, são grandes demais. Da fé exagerada. Do sol brilhando sem eu nem poder desfrustar disso. Das pessoas fingindo. Fingindo sempre. Cansada da vergonha, das coisas não ditas, dos abraços não dados. Cansada de ter sonhos impossíveis. De precisar de pouco e ter um muito que não vale a pena. De querer que gostem de mim. Cansada dos hipócritas. Eu quero é gritar e dizer que não preciso deles. Cansada de não ter coragem. De machucar quem não merece. De me fechar e me privar de amar. E eu quero tanto amar!
Cansada! E eu só queria alguém me ajudando a descansar.
Postado por Valéria A. às 17:59 5 comentários
quarta-feira, 13 de maio de 2009
E aquele sorriso que eu tanto quis ver, me fez querer ser a pessoa mais engraçada do mundo, só pra ele não acabar.
E aquele olhar que eu quis tanto sentir, me fez querer ser a única pessoa daquele lugar, só para você não desviá-lo de mim.
E aquele abraço que há tempos eu esperava, me fez querer congelar o tempo, só para aquele momento ser eterno.
E aquela voz, cantando, sentindo, eu fingi o tempo inteiro que era pra mim, gravei na memória, só pra saudade não machucar tanto.
E o cheiro, ah o cheiro! deu vontade de guardar em um frasquinho, mas um que eternizaria ele, para quando a vida estiver cinza, eu sentir e toda ela ficar colorida, iluminada.
E são tantos aqueles, e são tantos segundos guardados, que é melhor eu nem tentar mais descrevê-los, acho que perderiam a essência, o sentimento.
Feliz! Porque melhor que escrever sobre momentos bons, são vivê-los.
Postado por Valéria A. às 15:19 4 comentários
Cartas que eu não mando (I)
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Querido amigo,
E mais uma vez o que eu temia aconteceu. Fui deixada de lado. E você me prometeu que não seria assim. E foi tão bom ter acreditado nisso, pois quando falou era de coração que eu sei, essas coisas a gente sente. Não estou magoada, nem com raiva e nem gosto menos de você por isso, estou apenas triste e com raiva de mim. Mas por quê? O normal e compreensível seria ter raiva de você, mas eu não consigo, juro que não. O motivo é que você está feliz e isso era tudo que eu mais desejava, e estou aqui, ao invés de feliz por você, triste, mas não por você, por mim mesmo. Amava guardar momentos do meu dia só pra te contar, amava quando se importava comigo, amava as besteiras que a gente falava, amava te zoar, te fazer rir, os apelidos, as conversas intermináveis, os tchaus dolorosos, enfim, amava ser útil de alguma forma pra você. E agora já não sou mais. E de quem é a culpa? De ninguém. Coisas da vida.
Um amigo que me ajudou a entender o que de certa forma já sabia mas não aceitava, não é que você esteja mais feliz sem mim, é só que agora eu nao caibo na sua vida, na sua felicidade. E eu aceitei isso. Demorei, mas aceitei. E não pense que depois disso perdeu uma amiga, pois não perdeu. Ela está aqui, quietinha, esperando. Não ansiosa pra esse seu momento acabar, muito menos torcendo por isso. Ela torce por sua felicidade, estando nela ou não. Agora deixando a 3ª pessoa de lado, quando você precisar eu vou estar aqui. Eu sei que pode demorar dias, meses, anos...mas quem se importa?! Eu vou estar aqui, de braços abertos, porque o bem que você já me fez, não mede nada disso. Pode parecer bobeira e mais um monte de coisas, mas eu não me importo. Deve ser amor, de uma forma diferente, mas deve ser. Então meu amigo, toda a felicidade do mundo pra você.
De sua eterna amiga,
Valéria Nascimento
Postado por Valéria A. às 13:12 5 comentários
Marcadores: cartas que eu não mando
sexta-feira, 1 de maio de 2009
(...)If the world isn't turning
your heart won't return
anyone,anything,anyhow
So take me,don't leave me
take me,don't leave me
baby,love will come through
It's just waiting for you
Travis - Love will come through
Postado por Valéria A. às 09:12 1 comentários
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo que dá medo do medo que dá
Medo que dá medo do medo que dá
(Lenine)
Postado por Valéria A. às 13:50 2 comentários
Enfim, casa.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
É estranho estar em casa. Talvez estranho não seria a palavra certa, mas tudo bem, elas sempre somem quando preciso delas. Pois bem, sabe aquele som que você acolocava É o tchan pra dançar com as amigas como se fosse um ensaio para um show? Pois é, ele ainda está aqui, o cd que se perdeu entre tantos outros de forró que adorava dançar com a mesma graça. Ainda hoje me lembro da minha amiga brigando comigo porque só dançava de costas para o público, que era o sofá bege com no máximo minha mãe rindo da gente. Tempos bons que não voltam mais. Rá! Mentira! Até hoje dançamos aqui na sala, como foi semana passada que dormiram aqui, assim que acordamos tava tocando uma música de carnaval e ficamos dançando de pijama até a hora de almoçar, detalhe que já era meio-dia. rsrs. É, certas coisas nunca mudam, ainda bem.
Sabe aquela árvore que te deixou uma cicatriz pra vida toda? Tá só o tronco, cortaram, tava destruindo o telhado. Haha! Nem dá mais pra subir no telhado, onde sempre ficava quando estava com raiva. Eu era moleque, rapaz.
Sabe a melhor comida do mundo? A da mamãe? Já engordei dois quilos, meu bem. Sei não, mas tudo aqui parece ser mais gostoso, mais bonito, mais feliz. Talvez seja só impressão minha. Mas só de ficar a tardinha lendo um bom livro aqui na varanda eu já fico feliz de um jeito que a muito tempo não ficava.
aah, eu sou feliz aqui, sou mesmo.
Postado por Valéria A. às 20:41 2 comentários